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Setembro de 2023 → Dezembro de 2023
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Case Real
Possibilitando o cálculo de Inventário de Escopo 3 através da implementação de um novo módulo no Climas.
A WayCarbon é uma empresa global coligada ao Grupo Santander com especialização em soluções voltadas à transição para uma economia net zero.
Você pode não estar familiarizado com o termo, mas basicamente, o Escopo 3 categoriza as emissões de carbono geradas pelas operações de uma empresa. Além dele, existem os Escopos 1 e 2, que classificam outros tipos de emissões corporativas.
Escopo 1
Emissões diretas liberadas pelas operações da empresa.
Escopo 2
Emissões indiretas de energia comprada pela empresa.
Escopo 3
Emissões indiretas que não estão no Escopo 2, mas ocorrem na cadeia.
Basta lembrar que cada um dos escopos considera uma área diferente para o cálculo das emissões, com fontes e origens distintas.
O Escopo 3 tem o cálculo mais desafiador mas, ao contrário dos demais, seu compartilhamento não é obrigatório pelo GHG Protocol, entidade que define padrões globais para medir e gerenciar emissões.
Ainda assim, se uma empresa quer alcançar o net zero, ela precisa incluir metas para reduzir as emissões do Escopo 3.
Como primeiro passo para melhor compreensão e delimitação do produto, foram realizadas diversas reuniões com profissionais das áreas de Consultoria e Atendimento da WayCarbon.
Assim, foi possível compreender melhor não só o Escopo 3, mas também os demais escopos e o software Climas, onde o novo módulo seria integrado.
Climas
Software de Gestão ESG e Climática da WayCarbon, que alinha sustentabilidade aos objetivos estratégicos.
Escopos 1, 2 e 3
Além do que já mencionei, o Escopo 3 abrange 15 categorias de emissões.
GHG Protocol
Organização que define as boas práticas globais para inventários de emissões de carbono.
Essas reuniões não somente expandiram nosso entendimento dos produtos internos e do mercado ESG, como também, através de um fluxograma das equipes e etapas envolvidas, visualizamos como o Escopo 3 era calculado com o suporte dos consultores.
Com o novo módulo do Climas, a ideia é que esse suporte não seja mais necessário.
Com os primeiros insights dos especialistas, algumas conclusões começaram a surgir. Para organizar tudo, utilizei uma matriz CSD para mapear e priorizar Certezas, Suposições e Dúvidas.
Esse processo nos ajudou a identificar funcionalidades essenciais, explorar diferentes abordagens e avaliar desafios potenciais, guiando o direcionamento do Discovery e do produto como um todo.
Dores do processo
Com a Matriz CSD, identificamos os pontos mais críticos a serem considerados.
Para maior foco, organizei esses pontos em áreas específicas do fluxo dos principais usuários, com destaque a dores da consultoria e do cliente final.
Devido à dificuldade de alinhar a agenda de todos os stakeholders, as atividades foram divididas em dois momentos, terça e quarta, no período da manhã.
A WayCarbon é uma empresa que surgiu como consultoria e, posteriormente, deu início à concepção de softwares ESG.
Áreas como Produto e UX são novas na empresa. Inicialmente os softwares contavam apenas com os desenvolvedores.
Aproveitamos a contextualização para abordar a motivação daquele momento e falar um pouco sobre a finalidade do Discovery.
No momento principal, reservado às dinâmicas, os stakeholders, em conjunto com a equipe técnica, realizaram uma série de atividades com o intuito de estimular a criatividade colaborativa.
Na atividade, delimitamos alguns pontos importantes: “O que o produto é?”, “O que o produto não é?”, “O que o produto faz?”, “O que o produto não faz?”.
Criamos junto aos stakeholders protopersonas com base em perfil, dados demográficos, dores e necessidades considerando o Escopo 3.
No brainstorming, instigamos os participantes a pensarem em tudo que julgarem indispensável o módulo de Escopo 3.
Em um segundo momento, foi hora de indagar nossos stakeholders sobre as ideias dispostas em seus post-its em busca de melhores insights sobre o assunto.
Transcrição dos Insights
Na sequência, chegou a hora de agrupar todos os insights obtidos durante a dinâmica, focando nos principais pontos levantados por cada stakeholder.
A primeira dinâmica usada, É / Não é / Faz / Não Faz, foi essencial para extrair os insights mais relevantes, baseado no que foi definido em comum por dois ou mais stakeholders para a primeira versão do módulo.
As considerações mais importantes de cada stakeholder foram organizadas, com os questionamentos e respostas apresentados de forma detalhada, além de alguns insights iniciais destacados.
Diagrama de afinidades
Para garantir que nenhum insight importante fosse deixado de fora, agrupei os post-its dos participantes utilizando um Diagrama de Afinidades, buscando identificar possíveis padrões.
Os post-its amarelos representam insights obtidos a partir dos comentários verbais dos participantes. Já os rosas foram trazidos diretamente dos boards de cada participante, escritos no início da dinâmica.
Com as etapas até então concluídas, achei importante realizar um benchmark, estratégia que julgo essencial para enxergar parâmetros de mercado e propor uma melhor experiência ao usuário.
Além dos concorrentes diretos, incluí também players que oferecem funcionalidades que podem ser aplicadas ao Escopo 3, ampliando a visão para o produto.
Com isso, além dos concorrentes diretos, avaliei alguns softwares fora da área de sustentabilidade, mas que possuem funções relevantes para o contexto do produto.
Dados
Analisei os players Power Query da Microsoft e Tableau Prep para considerar funcionalidades da transformação de dados.
Upload
Para análise da função de upload, considerei ferramentas cotidianas, como o Drive, Dropbox, OneDrive e WeTransfer.
Gamificação
Já sobre gamificação, analisei players de diferentes cenários, sendo eles: Habitica, Duolingo e Feedz.
Com base em um relatório publicado por Alastair Foyn & Ryan Skinner, na Verdantix, selecionei para avaliação alguns concorrentes diretos que oferecem soluções para o Escopo 3.
Para todos os players, fiz uma análise com base nas 10 heurísticas de Nielsen para avaliação da usabilidade, identificando quais delas eram atendidas ou não.
Em seguida, para aprofundar a análise, incorporei informações gerais, primeiras impressões sobre o uso das plataformas, além de considerações positivas e negativas sobre funcionalidades e usabilidade.
Lo-fi Wireframe
Com informações suficientes obtidas através das pesquisas e alinhamentos com especialistas, comecei os primeiros esboços da solução para organizar minhas ideias sobre a jornada macro.
Protótipo
Em seguida, iniciei o desenvolvimento do protótipo de alta fidelidade navegável.
Com alinhamentos frequentes com os stakeholders, o protótipo foi ganhando forma e sendo refinado até atingir a sua versão mais adequada.
Teste de Usabilidade
Para avaliar a experiência dos usuários ao interagir com o protótipo navegável do módulo de Escopo 3 e identificar potenciais problemas na interface, no fluxo do usuário e na experiência geral, realizei testes de usabilidade antes do início da codificação.
Perfil de recrutamento
Colaboradores que atuam em funções relacionadas à sustentabilidade, incluindo consultores especializados na gestão do Escopo 3.
Profissionais representando empresas clientes da consultoria, especialmente envolvidos na gestão e análise de emissões de Escopo 3.
Profissionais com diferentes níveis de experiência na área de sustentabilidade.
Premissas
Coletar feedback qualificado e específico dos usuários para melhorias precisas.
Garantir a participação de uma amostra representativa de usuários internos e externos.
Considerar não apenas a usabilidade, mas também a eficiência e satisfação geral dos usuários com o módulo de Escopo 3.
Fornecer insights para iterações contínuas no design, permitindo ajustes que melhorem a experiência do usuário.
Conduzir o projeto dentro de um cronograma para garantir que os resultados sejam utilizados em fases relevantes.
Entregáveis
Relatório consolidado com os resultados finais da pesquisa de usabilidade, incluindo um resumo de insights e conclusões.
Coleta dos dados brutos, com transcrições e anotações dos testes.
Gravações dos testes de usabilidade.
Na tabulação das informações, organizei os insights de cada participante para cada pergunta do roteiro. Através da análise das questões mais citadas, priorizei os apontamentos com maior relevância para aquele momento.
Em seguida, em uma segunda tabela, organizei todos os comentários dos usuários e criei campos adicionais para facilitar a gestão, sendo eles:
Ação
Converter comentários em ações reais a serem realizadas, seja com as alterações no protótipo ou refinamentos técnicos.
Nível
Definir se uma alteração seria implementada no protótipo, instruída no handoff, adiada para uma versão futura ou necessitaria de mais detalhamento.
Status
Para indicar se a ação foi concluída, está em andamento ou pendente, quando aplicável.
Avaliação extra
Para marcar ações que necessitariam de uma avaliação adicional, encaminhando-as aos responsáveis adequados para resposta.
Resultados alcançados
O objetivo com o teste de usabilidade foi atingido? Por meio dele, foi possível:
Avaliar a interação dos usuários para identificar pontos fortes e fracos na usabilidade e navegabilidade.
Identificar desafios e obstáculos que os usuários possam enfrentar, analisando barreiras para uma experiência fluída.
Coletar percepções subjetivas sobre a experiência geral, compreendendo expectativas e preferências dos usuários em relação ao módulo.
Também foram recebidos alguns feedbacks super positivos durante o teste! Alguns merecem destaque…
Participante A
"Dá pra ver que teve uma organização no desenvolvimento, de uma sequência lógica e que o próprio MVP é um produto muito bom.”
Participante B
“Está bem compreensível, bem fácil de entender.”
Participante C
“Está bem compreensível, bem fácil de entender.”
Após o estudo realizado, chegamos ao entregável do MVP para o Inventário de Escopo 3.
Obrigado por visualizar até aqui!